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“Destino é a soma das decisões que tomamos na vida”. E para Nadir não foi diferente. Hoje, aos 75 anos, ela diz que tudo começou com o mero ato de colocar a linha na agulha. Na época, com 13 anos e morando com os pais e 11 irmãos, decidiu fazer aulas de corte e costura em outra cidade. Nadir relembra que: “em uma destas viagens cruzou olhares com o seu eterno amor, Luiz”. Foi amor a primeira vista, se casaram 4 anos mais tarde. “Estamos casados há 58 anos (Bodas de vidro), com dois filhos e três netos”, conta Nadir com brilho nos olhos.

Na costura, começou com coisas simples como pregar botões, alinhavar, fazer bainhas e, pouco a pouco, foi crescendo. Quando o talento se encontra com a oportunidade e a vontade de aprender, não tem para ninguém!

Nadir costurava as roupas de todos os irmãos e também fazia muitas roupas de trabalho para seu pai. Depois do casamento, passou a costurar para fora, o que rendia um complemento no orçamento doméstico. Foi assim que ajudou nos estudos dos filhos, uma Médica (Cirurgia Pediátrica) e um Químico (Presidente da Merck da Philadelfia – EUA).

Criava modelos e, às vezes, se inspirava em figurinos que via. Ousou quando fez todos os trajes de uma fanfarra municipal. E bailes de formatura, então? Sua filha que o diga, sempre parecia uma princesa com os modelitos que a mãe criava. Passou a fazer de tudo: vestidos sociais, longos, para formatura, casamento. E mesmo trabalhando sem uma máquina profissional, o acabamento era tão impecável, que ela própria se orgulhava.

Hoje costura apenas como hobby. O que fica dessa linda história é que muitas vezes os grandes talentos da costura estão camuflados em costureiras “comuns” mas que, se olhadas com atenção, são grandes modistas.

 Parabéns à Nadir e a todas as mulheres que, como ela, lutam diariamente! Feliz dia internacional da mulher.


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